As três peças-chave na ascenção vascaína

Nilton, Rafael Carioca e Rômulo, garantem a defesa do Vasco.


Quando PC Gusmão começou a escalar o time com três volantes, teve o seu esquema de jogo contestado por muitos torcedores. Na verdade ninguém entendia porque, ele tendo tantos jogadores de qualidade do meio para a frente, insistia em escalar três volantes.

Mas a série de seis jogos sem derrota provou que o Vasco encontrou seu melhor esquema. O trio formado por Nilton, Rafael Carioca e Rômulo, além de dar uma boa consistência defensiva ao time, ainda surpreende com boas chegadas no ataque, além de dar liberdade para a criatividade de Zé Roberto e Felipe.

Quando o time tem a posse de bola, fica no tradicional 4-4-2, com Nilton subindo pela esquerda e Rômulo pela direita. Já sem a bola, o time se defende com três zagueiros, cabendo a Nilton a função de ficar como líbero na defesa. Mesmo não aparecendo tanto para a torcida, Nilton tem sido peça fundamental na equipe, e garante que já está bem adaptado ao sistema:

"Meu futebol cresceu. Antes da mudança, o PC conversou comigo, e eu disse que não teria problema algum atuar dessa maneira. Hoje, minha maior preocupação é com a defesa, mas ainda assim posso arriscar uma ou outra subida ao ataque. Acho que estou conseguindo acrescentar ao time", afirmou.

Rômulo, o mais jovem dos três, com 20 anos, também foi muito elogiado pelos companheiros. Rafael Carioca já atua ao seu lado desde a Copa da Hora e se sente muito confortável para comentar sua evolução. Para melhorar ainda mais o entrosamento entre os três, Carioca lembra que as conversas nos treinos e até mesmo na concentração são constantes:

"Temos características diferentes, mas que se encaixam. O Rômulo sai mais, e o Nilton fica mais prêso. Temos de conversar muito até para acertar a hora em que cada um surge como elemento surpresa no ataque. O importante é que o time encaixou", explicou o volante.

Antes da parada para o Mundial, o Vasco havia sofrido 12 gols em sete jogos, sendo uma das defesas mais vazadas do Brasileiro até aquele momento. Sob o comando de PC, os números melhoraram muito. São seis jogos disputados e apenas dois gols sofridos, um diante do Grêmio, no empate por 1 a 1, fora de casa, e outro contra o Atlético-PR, na vitória por 3 a 1, em São Januário.

Para Nilton, os números são resultado de muita conversa e entrosamento entre os integrantes do sistema defensivo. Segundo o volante, antes do início de cada jogo, todos se reúnem e colocam como grande objetivo passar os 90 minutos sem sofrer gol.

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