Alvo de insultos racistas, no Paraguai, Dedé diz: "Isso não me abala"

Dedé sofreu racismo no Paraguai
Além do desgaste provocado pela batalha em Assunção, o elenco vascaíno trouxe na bagagem da viagem de volta ao Rio a indignação com a atitude racista de alguns torcedores da equipe paraguaia, que xingaram de ‘macaco’ o Mito Dedé e dispararam cuspes contra o zagueiro Renato Silva, antes e após jogo, no Estádio Nicolás Leoz.
Os principais alvos dos xingamentos não se abateram com a situação, mas expressaram a sua revolta. “Estou tranquilo e isso não me abala. Mas é chato, a gente fica triste em escutar um babaca chamar a gente de macaco”, esbravejou Dedé.


“Fico triste por existirem pessoas assim, mas mantenho a minha cabeça erguida. Tenho orgulho da minha cor e orgulho de ser brasileiro. Não vai ser a primeira nem a última vez que vou ouvir isso, mas não vou me abalar. O que aconteceu nos deu mais motivação lá”, disse.

O camisa 26 explicou ainda que os insultos racistas não partiram de nenhum jogador ou de algum membro da comissão técnica adversária, e sim da torcida. Ao falar sobre o jogo de volta, na quarta-feira, em São Januário, Dedé lembrou do tratamento recebido no Paraguai e confirmou a atmosfera de revanche no próximo encontro com o Libertad.

“O clima já está acirrado. Nós não fomos foi bem tratados lá. Não deixaram a gente treinar no campo e fazer um simples reconhecimento de gramado. Então tudo começou a partir daí”, explicou o zagueiro da seleção brasileira.

Alvo de cusparadas durante o intervalo de jogo, Renato Silva encarou a situação como uma atitude isolada de alguns torcedores.

Mais comedido que Dedé, ele também falou sobre a incômoda situação vivenciada no país vizinho.

“Foi a primeira vez que ocorreu comigo, mas não tenho mágoa de nada. Fomos direto para o  hotel, pois se a gente corresse atrás de polícia poderia gerar um sentimento maior de raiva. Ignoramos, então acho que não voltarão a fazer isso”, explicou.

O elenco vascaíno treina nesta sexta-feira em São Januário e se prepara para o clássico de domingo contra o Botafogo, no Engenhão.

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1 Comentários

  1. Infelizmente, ainda existem pessoas de mente tão pequena nesse mundo, que não conseguem enxergar que valor do ser humano não se mede pela cor da sua pele, mas sim pelo que ele traz dentro de si.

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