O Vasco se prepara para fazer uma grande reforma em São Januário, que deve ficar fechado entre 2025 e 2027. Nesse período, o time precisará jogar em outros locais, e a diretoria vê o Nilton Santos como ponto estratégico. O estádio será palco do clássico contra o Botafogo nesta terça-feira, às 21h30.
Os dois clubes incluíram o aluguel do Nilton Santos em uma possível negociação por Rayan. O atacante do Vasco está na mira do Lyon, time francês que pertence a John Textor, que também é dono do Botafogo.
Mesmo não havendo avanço nas negociações por Rayan, o Vasco vai buscar um acordo com o Alvinegro para usar o Nilton Santos nos próximos anos. Jogar no estádio durante a reforma de São Januário, no momento, é o plano A da diretoria de Pedrinho, embora jogos no Maracanã e outras arenas não estejam descartados.
O Nilton Santos também tem sido considerado nos planos estruturais da reforma de São Januário. O clube tem analisado arenas brasileiras e tem em mãos um relatório sobre o estádio administrado pelo Botafogo. A ideia é que o novo SJ tenha gramado sintético, ou híbrido.
O desejo do Vasco é fechar seu estádio após o fim do Brasileirão, mas isso ainda não está garantido. Torcedores e dirigentes vivem a expectativa de que o último jogo neste São Januário seja contra o Atlético-MG, pela penúltima rodada do Campeonato Brasileiro.
No entanto, o ge ouviu de algumas pessoas ligadas ao clube e à Prefeitura do Rio que existe a possibilidade de o local ser fechado só após o Campeonato Carioca de 2025. Há alguns trâmites a serem cumpridos pelo Vasco que estão atrasados.
A lei que autorizou o Vasco a vender o potencial construtivo de São Januário ainda não foi regulamentada. O texto vai detalhar como a operação do potencial construtivo da reforma de São Januário será feita na prática, garantindo a operacionalização e a segurança jurídica de todo o processo.
Outro artigo da lei determina que em até 180 dias - ou seis meses - depois da publicação da legislação, o Vasco apresente o projeto básico da reforma à Prefeitura do Rio. Este é o documento que deve garantir a viabilidade técnica e o tratamento do impacto ambiental da obra, possibilitando a avaliação do custo e a definição dos métodos e do prazo de execução.
É nisto que o Vasco trabalha no momento. O projeto está na etapa de matérias complementares. São mais de 30 itens que precisam entrar no plano, como gramado e laudo do Corpo de Bombeiros. O Vasco fez inúmeras reuniões para debater esta parte e está no processo de contratação de empresas que vão tocar estas matérias.
Após a apresentação do projeto, o clube deverá finalizar os trâmites burocráticos para dar início às obras. Para isso, precisará de recursos. O Vasco informou ao ge, recentemente, que vem firmando cartas de intenção de venda com possíveis compradores do potencial construtivo, mas ainda não há um acordo fechado, e a diretoria precisa disso para começar as obras.
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