Cruzeiro cede atletas por Dedé. Mas vascaínos já protestam

Dedé de saída para o Cruzeiro
Chegou ao fim a era Dedé, na Colina. Os clubes ainda não confirmam oficialmente acerto, mas nesta segunda, o zagueiro aceitou a proposta do Cruzeiro onde irá receber um salário em torno de R$400 mil mensais para jogar quatro temporadas. Para fazer a maior contratação de sua história, o clube mineiro contou com a ajuda do grupo de investimento DIS, que vai desembolsar R$14 milhões por 45% dos seus direitos federativos.

O Cruzeiro ainda vai ceder alguns jogadores por empréstimo até o final do ano. O único nome confirmado até o momento é o do meia Alisson, que foi liberado do treino de segunda para negociar com o Vasco. A expectativa é que Dedé estreie em maio, no primeiro jogo da segunda fase da Copa do Brasil contra o vencedor do confronto entre Resende e Caxias.

“O jogador era um sonho antigo do presidente. Por duas vezes nós tentamos contratá-lo e não tivemos êxito. Houve uma nova tentativa e a negociação está encaminhada”, disse o diretor de comunicação do Cruzeiro, Guilherme Mendes sem confirmar o acerto. No Vasco, os dirigentes também se mantem em silêncio. Mas nesta segunda houve uma reunião pela manhã e à tarde para fechar os últimos detalhes da negociação.

Tanto mistério tem motivo. Atravessando uma das piores crises financeiras de sua história, o clube cruzmaltino, não quer correr o risco de o dinheiro bater na conta bancária e ser imediatamente bloqueado por alguma pendência na Justiça.

Apesar de tanto cuidado, no final do treino de ontem era possível sentir o clima de adeus. Depois de disputar uma animada partida de futevôlei com os companheiros, em São Januário, o jogador foi chamado para conversar sozinho com o técnico Paulo Autuori. No final do rápido bate papo, Dedé ganhou um aperto de mão e um abraço do treinador, de despedida.

Já a torcida está indignada. Uma facção, que criou há três anos o movimento “Não se vende Dedé”, enviou uma carta aberta a Cristiano Koehler, diretor-geral do Vasco, expressando revolta pela saída do Mito. Só resta saber se haverá tempo para o jogo do adeus.

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