Andrey comemora o gol que abriu o placar em São Januário. |
O clima foi de decisão, com disputas quentes pela bola. Sobrou até para Nenê. Depois de receber pedidos na redes sociais para aliviar o ex-clube, o camisa 10 só se sentiu em casa ao errar o vestiário e entrar no do Vasco, clube que defendeu por três anos. Com a bola, ele não teve sossego da marcação e da torcida, que o vaiava a cada investida.
Em disputas distintas, Z-4 versus G-4, toda bola é importante e cada bobeada, mortal. Aos 17 minutos, Andrey aproveitou a saída de bola errada de Jucilei para fazer o que mais gosta: chutar, sem chances de defesa para Jean. Em uma só voz, São Januário explodiu de emoção. Mais tranquilo do que no início do jogo, o Vasco superou o chuveirinho do São Paulo para administrar a vantagem até o fim do primeiro tempo.
Na volta do intervalo, o Vasco não voltou tão bem, assim como as bolas do jogo, murchas, de acordo com as reclamações dos são paulinos. Apesar da miníma vantagem, o Cruzmaltino decidiu se fechar. Isolado, Maxi López, municiado por chutões, travou uma batalha inglória com a defesa adversária.
Com problemas físicos de Werley, Desábato e Kelvin deixaram o jogo mais cedo para a entrada de Henríquez, Willian Maranhão e Caio Monteiro. No entanto, a troca não mudou a atitude do Vasco em campo. Empurrado pela torcida, o time segurou como pôde a insistência dos visitantes.
A perigosa falta cobrada por Nenê, rente à trave, causou calafrio coletivo na arquibancada. O gol anulado de Henríquez não trouxe a tranquilidade que o torcedor enseava. O milagre de Fernando Miguel na cabeçada de Rodrigo Caio, sim. No fim, aos 49, Pikachu recebeu um presente de Maxi López para marcar o segundo gol e decretar a valiosa vitória em São Januário.