Emoção e tristeza marcaram o último adeus a Thalles

Thalles e Henrique jogaram juntos na base do Vasco.
Na tarde deste domingo, amigos e familiares se despediram do centroavante Thalles, que nos deixou no último sábado, após um acidente de moto em São Gonçalo. Jogadores, ex-treinador e o presidente do Vasco estiveram presentes no cemitério Parque Niterói para o sepultamento do jogador de 24 anos, que pertencia ao Cruzmaltino, mas estava emprestado à Ponte Preta.

O lateral Henrique, do Vasco, protagonizou um dos momentos mais emocionantes na cerimônia de despedida de Thalles. Ele entregou à mãe do atleta uma bandeira do Vasco em nome do clube, e ofereceu seu apoio a família do jogador. Henrique era muito amigo de Thalles, com quem cresceu nas categorias de base do Vasco. Os dois subiram ao profissional praticamente juntos, em 2013. O presidente do Vasco, Alexandre Campello ressaltou a passagem do jovem atleta pelo Cruzmaltino.

- É sempre muito triste quando você sepulta um jovem. No caso de um atleta do Vasco, o clube nutre uma relação muito próxima com os meninos que são formados em São Januário, onde temos um convívio diário. É uma relação muito próxima do Vasco com os atletas na base. O que fica de lembrança, são a alegria, os gols e a irreverência de Thalles. Era um menino, né?

O técnico Jorginho, que foi treinador de Thalles no Vasco e na Ponte Preta, esteve em São Gonçalo para dar o seu último adeus ao jogador. Ele falou sobre os momentos recentes em que comandou o atacante criado na base cruzmaltina:

- Ele estava feliz com a possibilidade de poder voltar ao Vasco. Falei a ele que não podia perder a oportunidade de se cuidar e sempre fui muito preocupado com ele, que era um jovem atleta que estava deslumbrado.

Sobre os conselhos ao jovem jogador, Jorginho citou as más influências na vida de Thalles.

- Até mesmo quanto a questão de companhias... A gente sabe que tinha gente que puxava ele para as coisas boas da vida, mas também tinha gente que puxava para o outro lado. Thalles era um amigo. Convivemos quase dois anos. Várias vezes conversei com ele sobre uma série de razões e sempre tentando trazê-lo a pensar um pouco no seu futuro.

- A morte não tem idade. Nessas horas vemos o quanto é importante a gente amar as pessoas ao nosso redor, dar valor a quem nos dá valor também. Foi difícil ver a dor de uma mãe e de um pai ao ver o seu filho ali. Eu falo muito isso para os meus atletas, que as coisas vão passar muito rápido e temos que aproveitar a oportunidade que Deus nos dá - disse Jorginho.

Postar um comentário

0 Comentários