Reforço Matías Galarza chega bem recomendado ao Vasco

Sem poder de compra no momento, por conta de suas finanças, o Vasco surpreendeu a torcida cruzmaltina ao anunciar uma nova contratação para o time sub-20. Trata-se de Matías Galarza, volante do Olimpia do Paraguai de apenas 18 anos, com passagens por seleções de base de seu país.

Emprestado até 31 de janeiro de 2022, Matías não é conhecido do torcedor brasileiro. Com isso, recorremos a pessoas importantes na negociação, para obter informações sobre o estilo do jogador e entender por que o Vasco o buscou no futebol paraguaio. Carlos Brazil, executivo da base vascaína, Maxi Biancucchi, ex-jogador e o brasileiro Régis Marques, representante de Galarza.

Canhoto, Galarza saltou aos olhos do Núcleo de Seleção e Captação do Vasco por ter alto índice de participação em campo. O poder de criação é o forte do jogador, mas a capacidade para roubar bolas também foi outro trunfo que fez o clube apostar na contratação do paraguaio.

- Hoje a gente não tem que chamar ninguém de volante, os meias fazem todas as funções naquele setor. Mas no Paraguai eles têm uma característica ainda maior nesse sentido por não terem o 10 clássico no esquema deles. Já não jogam mais tanto assim. Jogam com um meia-esquerda, um meia-direita e um volante que eles chamam de primeiro, que é como se fosse o nosso primeiro volante.

- Fazem uma espécie de triângulo. Esse menino jogava pelo lado esquerdo no Paraguai. Ele chega muito na área e defende bem. É um canhoto com habilidade e muito intenso durante o jogo inteiro, tanto marcando quanto atacando, explicou Carlos Brazil.

Com o português afiado pelos anos de Brasil, Maxi, que é irmão do ex-vascaíno Emanuel Biancucchi, lançou mão de gírias futebolísticas para explicar como Matías Galarza joga. Para ser o mais específico possível, definiu o atleta como um "motorzinho" e um cara que não é preguiçoso, que ajuda em todas as faixas do campo. Confira o depoimento de Maxi:

- "Matías Galarza é um jogador, que pode atuar de primeiro volante ou de meia. É um canhoto, que tem bom chute e participa muito da criação. No Olímpia e na seleção de base, ele chegava muito perto do gol para dar assistências. Tem bom passe.

- É um cara que, apesar da qualidade que tem, também participa para roubar a bola e se posiciona muito bem taticamente. É um volante misto, não é o clássico 10, cadenciado e que enxerga o jogo. Tem qualidade, porém é um motorzinho. Ele não para. Vai e volta, ajuda na marcação. É um jogador que corre o campo todo.

- O forte dele é a bola no pé. Tem um bom passe, um bom chute, mas não é preguiçoso. Acredito que tem muito a melhorar e acho que é uma boa para o Vasco. Se ele se adaptar, pode ser uma boa opção para o profissional. Tem muita qualidade num esquema tático, jogador moderno que o treinador gosta".

fonte: globoesporte.com